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“Benefícios da Atuação dos Tribunais de Contas: as ferramentas para avaliar capital intangível no TCE-PE”  foi o tema da Oficina do Conhecimento, realizada pelo Tribunal e pela Escola de Contas Públicas (EPCBG), para mais de 60 servidores, no auditório Fábio Correia, no prédio-sede da instituição.

As apresentações foram realizadas por Cíntia Zaira Messias, do Tribunal de Contas da União (TCU), e por Maurício Rodrigues e Raul Araújo, ambos do Centro de Referência em Inteligência (Crie) e da COPPE/UFRJ, onde atuam na temática de mensuração de intangíveis em empresas.

Ao abrir o evento, o coordenador da Escola de Contas Públicas, Paulo Hibernon, falou da importância dos novos conceitos e metodologia na Gestão do Conhecimento e informou que está em processo de contratação de uma capacitação interna sobre mensuração de intangíveis com o Crie da UFRJ, programada para o início do mês de agosto.

O Crie é referência nacional nas áreas de gestão do conhecimento, inovação e avaliação de ativos intangíveis em diversas empresas brasileiras, sendo avaliada como de nível A (o mais alto) pela Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes). 

TCU e a avaliação de intangíveis na Auditoria do Prouni - A palestrante Cíntia Zaira Messias, do TCU, apresentou o estado da arte da temática no âmbito do Tribunal da União, citando o “case” sobre a Auditoria Operacional realizada pelo órgão no Programa Universidade para Todos (Prouni). “O que buscamos saber é se estes benefícios, quer sejam tangíveis ou intangíveis, podem mudar a realidade, atendendo a todas as partes interessadas do Tribunal, como o Congresso Nacional, a Sociedade e a unidade jurisdicionada”, comentou a palestrante. 

“Precisávamos apurar os benefícios intangíveis. O resultado é que houve uma influência dos resultados da auditoria, tanto nos processos de influência geral, como cognitivo/afetivo e comportamental. O estudo serviu para justificar as ações do Ministério da Educação e fossem executadas muitas melhorias no Prouni, em problemas que os próprios gestores já vinham observando”, ressaltou Cíntia.

O trabalho científico sobre o Prouni foi realizado por Tiago Gozzer Viegas e Dagomar Henriques Limas, ainda não foram publicadas, e os achados da auditoria constatam que há melhorias no controles, ajustes no SisProuni, novos processos de trabalho e controle social, com comissões locais.

Ela explicou também que a equipe do TCU se questiona, regularmente, em quais casos ou tipo de ação de controle é necessário apurar e avaliar benefícios intangíveis das ações de Controle Externo.

CRIE e a importância da avaliação de intangíveis para empresas - Ao palestrar, Maurício Rodrigues, do CRIE, trouxe uma introdução sobre a transição entre a Economia Industrial e a Economia do Conhecimento. Ele adiantou que atualmente há na Sociedade do Conhecimento cada vez mais cidadãos informados e exigentes, que buscam a melhor qualidade dos produtos e serviços. Além disso, o valor dos mesmos está se incorporando ao seu percentual maior de inovação, tecnologia e inteligência.

“Hoje o que tem valor é aquele indivíduo que tem informação e sabe utilizar esse conhecimento”, acrescentou, dizendo que “ao logo do tempo, os ativos intangíveis tem se tornado mais importante que os tangíveis”.

Ao citar os motivos que levam empresas a avaliar capitais intangíveis, Rodrigues informou que cerca de 55% da riqueza do mundo é construída na base do conhecimento. “O monitoramento e a gestão do conhecimento são essenciais para os empreendimentos que desejam ter sucesso no século XXI”.

Na mesma perspectiva, Raul Araújo apresentou como funciona o intangível no processo produtivo, e seus elementos constitutivos, a exemplo do capital humano, informacional, organizacional e como esse conjunto gera processos/atividades, inovação e melhoria nos produtos e serviços e como isto pode agregar valor para o cliente.

Ao falar dos impactos das ações do TCE-PE, Raul Araújo mostrou como pode ser realizado o cálculo do valor do ativo intangível pelo custo do desenvolvimento, pelo retorno do investimento e avaliação do impacto na eficiência.  “Não existe modelo ideal de mensuração de intangíveis e sim o mais adequado a cada necessidade. Desenvolver uma cultura de mensuração é o ponto de partida para a implantação bem sucedida de qualquer um dos modelos”, comentou.

Gerência de Jornalismo (GEJO)/ Escola de Contas, 27/05/2015