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Terminou na manhã desta quinta-feira (16) a Semana de Inovação do Tribunal de Contas, que debateu as tendências para o futuro e o uso de tecnologias digitais como forma de influenciar a eficiência do setor público. O evento, iniciado na segunda-feira (13), foi resultado de uma parceria entre o TCE, a Escola de Contas Públicas e o Porto Digital e reuniu servidores da Casa e representantes de entidades públicas e privadas.

O último dia de evento foi marcado por debates e apresentações. A programação foi aberta pelo vice-presidente do TCE, conselheiro Dirceu Rodolfo, que agradeceu aos participantes pelos conhecimentos repassados ao longo da semana, destacando a importância das discussões para a construção do novo ciclo de planejamento do Tribunal de Contas.

“A partir de agora teremos que nos reinventar sempre. Precisamos olhar ao longe - para aquilo que ainda não vemos - olhar o vazio e projetar o futuro. O Tribunal precisa abandonar a postura de uma instituição que atua de forma verticalizada, pois o controle precisa ser horizontal e contar com o compartilhamento de responsabilidades com outros entes públicos e com a sociedade. A partir daí, será possível construir políticas públicas mais eficientes e eficazes, e com efetividade nos resultados. Este é o futuro para hoje!”, enfatizou o conselheiro.

O procurador do Ministério Público de Contas, Gustavo Massa, que também participou do encerramento, parabenizou o TCE e a Escola de Contas pela iniciativa de dar um start nesta nova onda de inovação que se inicia na Casa. “Já temos um exemplo exitoso que é o portal Tome Conta. Agora o Tribunal se prepara para mais um salto, com o início das auditorias de evolução patrimonial, garantindo um avanço significativo na forma de auditar as contas públicas e exercer o controle social. É algo insubstituível e um caminho sem retorno dentro do futuro que vem sendo desenhado no Tribunal”, afirmou.

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PALESTRAS - A primeira palestrante do dia foi Daniela Metello, da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), responsável pelo Laboratório de Inovação em Governo (G’Nova). Ela falou sobre os tipos de problemas enfrentados pela sociedade e as formas como políticas públicas podem atuar para solucioná-los. Daniela citou exemplos como a Cracolândia, em São Paulo, ou mesmo a questão da insegurança pública enfrentada pelo país que, segundo ela, somente podem ser combatidos e controlados por meio da inovação. “Não há como falar em políticas públicas com base em evidências. O foco precisa estar concentrado no cidadão, nunca nas organizações públicas, na burocracia, no serviço prestado ou no sistema, como normalmente ocorre”, complementou Metello. 

Na sequência, o gestor de Inovação Aberta do Porto Digital, Miguel Gaia, e a consultora de inovação business designer, Clarissa Sóter, fizeram um resumo dos trabalhos realizados durante o workshop que aconteceu nos dias 14 e 15, com a participação de servidores do Tribunal de Contas.

Para o assessor técnico da Coordenadoria de Controle Externo do TCE, Fábio Pedrosa, um dos 35 integrantes das equipes que participaram da oficina, "o encontro abriu uma nova visão que permitirá esboçar o futuro do Tribunal. São perspectivas para novas formas de auditar e de estar presente nos locais jurisdicionados, incrementando o atendimento à sociedade, mas que precisam ser amadurecidas e continuadas".

Depois foi a vez da palestra do consultor de cenários e gestão estratégica do Porto Digital, Cláudio Marinho. Responsável pelo projeto de implantação do parque tecnológico no Recife, no ano de 2000, ele destacou o atual processo de aceleração do avanço tecnológico pelo qual o mundo atravessa. Marinho, que possui vasta experiência no setor público, acredita que a vida no século 21 acontece nas plataformas digitais, onde redes sociais elegem governantes e mudam o rumo na vida de milhões de pessoas. “De um lado, vemos cidadãos conectados. De outro, governos analógicos. O serviço público precisa avançar para melhor atender às necessidades e expectativas do cidadão, e para que isto ocorra ele precisa adotar uma postura de mudança contínua e de permanente aperfeiçoamento dos mecanismos que possibilitarão estas transformações. E isto só acontece por meio do uso da tecnologia digital e da inovação”, afirmou.

Ao final, os palestrantes participaram de um debate, mediado pelo conselheiro Valdecir Pascoal. “Este evento é um exemplo de que o TCE continua buscando, dentro de um processo contínuo de aperfeiçoamento e inovação, desempenhar melhor o seu papel. A transformação tecnológica é um grande desafio para a instituição, que atua não somente como agente das mudanças e usuária dos avanços digitais, mas como ente fiscalizador para medir o grau de inovações implementadas também pelos seus jurisdicionados”, disse o conselheiro.

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Gerência de Jornalismo (GEJO), 17/05/2019